segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poema "(Des)Encontros - Fernanda Bastos

Sim, sou eu quem tu vês
sou eu o jovem deficiente
sou o que colocas à tua margem
porque simplesmente, nasci diferente.

Quantas vezes me condenas com o teu olhar
e me crucificas com o coração
porque para ti, sou tão simplesmente,
a tua própria negação.

Também tu, tens limites
limite no compreender, no julgar e no Amar
somos idênticos peregrinos
num diferente caminhar.

O que te peço, é pouco ou muito,
consoante o teu querer
peço-te respeito, dignidade ...
à medida do reu ser.

Tijolo a tijolo
mão na mão
tu e eu
somos massa da mesma construção.

(Fernanda Bastos)

http://appacdm-fundao.blogs.sapo.pt/170644.html

2 comentários:

  1. Procuramos colocar alguns poemas para que a dureza da vida possa ser amenizada por doces mensagens!!!!!

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  2. Pois é Cris, mas infelizmente essa é a dura realidade em que vivemos. O preconceito existe e os deficientes são os que mais sofrem com a falta de humanismo e solidariedade, pois, as demais pessoas pensam que são normais porque se podem andar, falar, ver, enquanto que, na verdade ninguém é normal, somos todos diferentes.

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